segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Admiração...


Minha inspiração anda solta, vagando por ruas e esquinas,
Dormindo em bancos de praças, sofrendo nas noites de frio.
Minha razão é ambulante, é brilhante e vence a escuridão.
O sofrimento, eu o sinto mas não é motivo para desistir.
Que a minha força não ceda a cultura do mentir.

Agora acontece, desabam os muros do templo
As poeiras da desilusão vagam pelos becos passando de boca em boca.
O que ouço não são vozes, são ruídos, murmuro do vento.
Calma e paciência eu pedi ao tempo.
Que hoje nem amanhã sejam o fim,
Que eu possa reagir
Estas coisas que somente hoje entendo.

Suplico somente àquele que pode me ouvir,
Que não me esqueça de que vai estar sempre aqui.
A dor me corrói, mas o coração não se destrói,
Posso sangrar, mas logo a ferida de hoje será cicatriz.

São os meus sentidos,
Minha vontade de viver,
Os momentos que tenho vivido,
O presente de hoje, amanhã não vai ser.

O que preciso é de ar
É a coragem pra saber voar
Porque mesmo sendo difícil de respirar,
A gravidade injusta não poderá me derrubar.

Não ceder ao poder.
Nem os poderosos podem mais vencer.
Mesmo que a voz seja fraca,
É uma atitude de bem que inspira a graça.

É o vento, a dor, o tempo
Seja qual for hoje o meu tormento,
Minha razão ainda permaneça assim,
E minha inspiração, espero que nunca tenha fim.
Tenha vida dentro de mim,
E não se enfraqueça com as dificuldades.
Hoje, tudo o que me importa é viver a verdade.






...Amor e Carinho!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Novo ser...

Senti que a visão ficava turva. 
Com o tempo não era possível ver mais nada.
Era um novo começo, uma nova era.
Aquele que enxergava parou de ver o que via, para projetar seus olhos no que realmente lhe interessa.
A batalha toma um novo destino, a razão muda de configuração.
É necessário sobreviver ao dia de hoje e fazer com que o amanhã se faça presente.
Não será mais possível simular a cegueira diante dos fatos, é real e é agora.
Preparem as armas da alma para enfrentar as dificuldades, porque a vida pode exigir as suas forças.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O que não me deixa ver... II


Percebi que estava perdido e sem motivos para continuar seguindo a trilha que me levava para a solidão.
Seria um amontoado de lixo que permiti acumular em minha casa que não me deixou ver que poderíamos nos olhar nos olhos novamente ou poderia ser o clarão do holofote que fechou meu olhos e não pude contê-lo. Pode ser que eu tenha esquecido de priorizar aquilo que necessitava de minha atenção ou Priorizei a mim mesma e esqueci que ao meu redor havia pessoas que precisavam de minha atenção e eu delas.
Busquei tantas coisas por aí que esqueci o que já estava dentro de mim.
Deixei que o medo me vencesse e esqueci a razão da minha batalha. Achei que havia vencido, mas perdi, pra mim mesma. Percebi a derrota assim que vi que estava só.
Meus dias de glória eram fantasiosos e agora deixei de fantasiá-los.
Não cometam o pior erro da vida, que é conduzir-se a morte. O meu medo me mata a cada dia, não me deixa viver. Meus fantasmas acorrentam meu ser e já nem sei que rosto assumo na sociedade.
Não deixem que o medo impeça de lutar, mas lutar por algo novo, ou lutar para corrigir o passado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tenho sede...

Não me limite ao que vejo, pois não quero ver com os olhos que não pertencem a mim.
Não me prenda a fim de que eu não fuja do que quereis que eu faça, eu não sou assim.
Não, não me faça chorar, não mais, acredito que não há mais lágrimas para isso.
Não escureça a minha vida, e nem adianta querer, pois estou em busca de luz.


Quantas vezes algo ou alguém buscou fechar nossos olhos para aquilo que queríamos descobrir. Será que chegamos ao ponto de nós mesmos desistirmos de olhar aquilo que mais desejávamos. Onde chegamos? Lutamos por nossas causas?

Ao longo de minha história tive que produzir conquistas e posso ter sofrido muito com isso, mas é algo necessário. O próprio crescer e tornar-se adulta pode ter sido algo doloroso e desafiador, frustante, mas preciso disso para respirar. Ser menina é não conquistar o mundo que está lá fora, por isso ser adulta é necessário.

Tenho vontade de mergulhar no desconhecido, de buscar as respostas que o mundo me proporciona e eu não consigo ver. Por quê? Quem serei assim? Eu? Provavelmente não. Meu ser é composto de novidades, de aprendizagem, não importando para mim o que minha imagem é realmente nas cabeças que vagam por aí, mas sim o que sou em essência. Buscando sempre crescer e nunca bastar-se, reconhecendo limites para poder superá-los.

Rabisco meu nome em documentos, recebo extratos e dívidas, pago a conta do aluguel. É algo que não me proporciona escolhas, mas ao mesmo tempo me dá liberdade. Sou dependente sim, por ser humana e ser social, mas sou livre ao mesmo tempo pois posso entender e interpretar o mundo ao meu redor e fazer parte dele. Sendo capaz de refletir sobre isso serei eu, eu sei.
Se choro pelo que me deixa triste e sorrio para o que me deixar alegre, serei eu, eu sei.
Tenho sede de mim. Busco respostas para mim mesma. Quem serei? Aquela criança da foto? Mas é tão diferente. Talvez seja eu, uma parte de mim, pois sou um pouco de cada um dos que me rodeiam e sou cada imagem de mim.

Eu sou tudo aquilo que quero ser. Será? Eu só sei que sou única.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Viver e Não ter a Vergonha de Ser feliz

Muitas vezes deparamos-nos com fatos que marcaram o nosso passado, fatos que nos fizeram bem e outros que nos marcaram negativamente. Lembramos-nos de pessoas que serão inesquecíveis por constituir boas recordações e pessoas que serão inesquecíveis pelo mal que nos fizeram. São marcas que o próprio tempo permite que tenhamos. Pois não seríamos capazes de viver hoje se não tivéssemos vivido o dia de ontem intensamente, u ma vez que viver é um processo de construção constante. O simples fato de acordar no dia de hoje é uma vitória do presente sobre o passado.

O passado só nos causa problemas quando esquecemos ou não queremos viver o presente. E o que seria não vivê-lo? Como pode ser possível? Porque não? Simples, quando não abro mão do que foi vivido para fazer o agora entrar para minha história. Quando guardo mágoa, quando tenho rancor, quando não perdoo o erro de alguém, e assim por diante.

Vivendo o passado eu deixo de ver o que o momento que vivo tem de mais belo, perco a minha espontaneidade. Se há algo em mim que me destrói por dentro como posso construir o mundo de fora? Perco o que o ser humano tem de melhor, o que nos torna diferente de qualquer outro ser vivo, perco a minha tão preciosa criatividade. Quando perco a capacidade de criar, não posso viver o agora, mas sim a criação velha ou a criação alheia. O que não me traz satisfação, pois sou u ser essencialmente espontâneo e necessito escrever a minha própria história.


Como vencer esse agravante? Simples, porém necessita de muita determinação, pois nos acostumamos a viver em um tempo que não é real. É como se saíssemos de uma caverna escura depois de anos e deparássemos com a luz do sol (O mito da caverna de Platão). Somente com determinação poderíamos superar qualquer obstáculo que apareça e que tente nos fazer desistir de continuar. Podemos também pedir ajuda, podemos buscar familiares, cada um irá se descobrir.


O importante é superar. O melhor é viver e com alegria. Saber discernir que o agora é melhor que ontem e que amanhã pode ser melhor, uma construção. E amar-se a si mesmo e ao que lhe rodeia.


O tempo é algo bom e deve ser utilizado a nosso favor para render-nos a felicidade. Se o agora é ruim, ele vai passar. Se o passado ainda dói ele ainda está presente então viva a sua dor, pois você é mais forte do que ela. O relógio é um aparelho que está em contante movimento, assim como a luz do sol, assim como a lua, o viver não é estático e sim dinâmico. Sejamos espontâneos, vivamos nossos dramas, nossas comédias e nossos romances pois somos protagonistas do nosso viver e o espetáculo começa quando você quiser.
Sejamos nós, e seremos quem desejamos ser. E estaremos bem.

sábado, 23 de julho de 2011

O que não me deixa ver...

Quanto mais eu corria para encontrar uma resposta, mais ela fugia de mim. Parece até que fiz algo de errado, algo que magoou muito alguém que amo. Mas o quê? Gostaria muito de saber.
Os dias passam, os olhares que recebo são como lâminas, me cortam da cabeça aos pés. Me ferem por dentro e me tornam cada vez mais frágil. Me dá vontade de chorar!
Tento soltar a minha voz para ver se alguém nesta multidão solitária consegue me entender, mas pareço só. E eu só precisava de um abraço.
Corro em direção a um túnel escuro, nem sei se tem saída, mas é a minha única opção, não posso fugir.
Amigos, não sabem o quanto me fazem bem. Necessito cada vez mais que estejam ao meu lado. Alguém conspira contra mim. E como Judas entregou seu mestre para o sacrifício, estou sendo entregue aos soldados da mentira para sofrer nas Blasfêmias. 
O que me corroe não é visível, mas a corrosão parece cada vez mais notável, estou envelhecendo. Estou morrendo dentro de mim. 
Preciso de forças para levantar! Não demora e estarei largado ao chão. Serei maltratado por aqueles que diziam que me amavam. 
Vou ser vítima do sistema porque vivo a verdade dentro de mim. E ao que parece a verdade não está conseguindo vencer essa grande mentira que inunda o nosso viver.
Meus pés estão cansados, mas ainda não cheguei ao fim do túnel.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Solidão, nova Era


No presente vídeo, Paulo Coelho fala bem melhor do que eu a respeito da solidão, mesmo assim vou fazer algumas resenhas.
Por que mesmo sabendo que causa sofrimento buscamos ficar a sós? Isto não faz parte da nossa essência humana, mas sim de uma ideologia individualista que tem se desenvolvido nos últimos tempos.
Solidão não é agradável a ninguém, somos seres sociais por natureza. Buscamos estar próximos a pessoas o tempo todo, pois assim temos que ser.
A carência de amor corresponde a este individualismo que estamos criando em nós. Daí surgem inúmeras doenças como a depressão, por exemplo. Temos a cura, mas mesmo assim não sabemos usá-la . 
O amor é uma necessidade nossa. Precisamos amar para sermos felizes e vivermos bem, assim como precisamos saciar a sede e a fome. Necessitamos de afeto, paixão e mutualidade.
Vivamos para estarmos bem consigo. Busquemos a felicidade que é estar com o outro.
Somente assim estaremos vivendo uma vida feliz e saudável.
Pois não se vive só, nem sem amor.


Não tem coisa pior do que chegar em casa, olhar-se no espelho e descobrir que deixou muitas pessoas amadas ficarem para trás. Ou buscar amigos, mas descobrir que não há sinceridade neles e permanecer na solidão.
Deitar no travesseiro e pensar: O que eu fiz hoje?
Ou buscar um amparo e se descobrir completamente só.
Passar por momentos difíceis e não ter ninguém para conversar.
A solidão é, na minha opinião, um dos piores elementos na vida de um ser  humano.
Solitária não posso seguir, devo buscar o amor, pois sem ele eu nada sou.

Não deixe que esse espaço vazio forme em seu coração lacunas. Preencha-o, revele a quem ama o que sentes e estarás melhor.
Amar não é sofrer, mas a solidão causa sofrimento.
Para superar a dor de um amor não correspondido, viva-a, de maneira a superá-la. Não fuja dos seus problemas, isso só pode aumentá-los.
O agora é muito importante para ser vivido, não se isole e aproveite-o com quem se ama.